sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Eu não disse que era dia de 3 alegrias?

Há pouco acabou de acontecer a terceira! Estou feliz!

A moda dos lacinhos

Há por aí uma moda de lacinhos como símbolos de solidariedade. Acho que começou com o da luta contra a SIDA foi logo a vermelho (à Benfica). Acho bem, é preciso lutar contra a SIDA.


Depois foi a vez do cancro da mama, com um lacinho cor de rosa. De novo, à Benfica, que além de ter tido a ideia peregrina de arranjar um equipamento rosa, parece que ontem jogou mesmo só com meninas.


Não sabia é que as PME precisavam de solidariedade! Se não precisam, porque é que o IAPMEI fez do símbolo do programa PME Líder um lacinho? À Porto, ao menos! Mas nem isso adianta, porque o Porto também anda um bocado pelas ruas da amargura!


E daí, na volta aquilo é um "L" amaricado e não um lacinho...
NOTA: Não há ainda perguntas no consultório sexual! Sem perguntas não há respostas!

Consultório sexual - the sequel

Ladies and gentlemen, the moment you have all been waiting for... o muito aguardado regresso do famoso (ou infame) consultório sexual! Um momento de interactividade entre comentadores e dona do tasco, depois de um pequeno momento de lamechice. Que já passou, porque (como disse ontem) hoje é dia de 3 alegrias.

Atenção que aqui não se aprende nada! Mesmo! Em contrapartida, pode-se perguntar tudo e tudo terá resposta, tanto na vertente consultório sexual como consultório sentimental! Melhor que isso: a resposta mais incrível que eu consiga arranjar.

O anonimato é encorajado, mas mais que isso os nicks falsos e imaginativos.

Por isso, deixem as vossas dúvidas no espaço dos comentários e tudo será respondido. Afinfem-lhe!

Às vezes aprende-se aqui qualquer coisa, mas...

... nem sempre é... digamos... inteiramente kosher...

Do lado esquerdo aqui do tasco tem uma aplicação do blogger que gera a cada carregamento de página um pedaço de conhecimento inútil. Eu já nem reparo no que lá está, de tão habituada que estou. Mas hoje reparei nisto:

"It is thought that the saying "pulling your leg" originated from the custom in the Middle Ages of hanging people in such a creative way that the victims often choked slowly and in agony. To put an end to their sufferings, pals or relatives of the suffocating victims would pull down hard on their legs in order to snap their necks."

Ora isto seria uma ideia interessante para castigar um homem que exerça violência doméstica, mas era mesmo real. Isto é para quem pensa que antigamente é que era bom... eeek!

AVISO: Continuo sem tempo para responder aos comentários, mas não está esquecido.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Réplica

Todos os terramotos têm réplicas. Umas mais, outras menos intensas, mas sempre destrutivas. Se o primeiro abalo não é previsível, as réplicas são e há que controlar os seus efeitos destrutivos.

O mesmo se passa com terramotos emocionais: hoje fui apanhada por uma réplica. Menos intensa que as seguintes e comigo já em terreno mais firme e sem edifícios que possam cair à minha volta e ferir-me. Ou por outra, ao menos não me ferir tanto quanto o abalo com que não contava e para o qual não me consegui preparar tão bem como devia. Porque as emoções são terreno de grande risco sísmico por natureza e quando menos se espera o chão treme e ruge debaixo dos nossos pés. E deita tudo abaixo.

Hoje deixo-me chorar. Só chorar! Sentir só por sentir, para não me negar o sentimento de dor e perda que me deitou abaixo há um tempo e que quer instalar-se de novo (mas eu não deixo). Sentir para não me negar a solidão, a tristeza que sinto e que foi causada pelo terramoto. Sentir, tendo a certeza de que fiz bem em causá-lo. De que a destruição foi, apesar de tudo, seja construtiva. Um recomeço, com uma construção mais firme, mais estudada, sobre estruturas mais sólidas. Preparada para outros abalos e outras réplicas.

Permito-me chorar para que amanhã já não seja nada. Para que amanhã a terra esteja serena, porque é dia em que tristezas não são permitidas. Amanhã é dia três vezes feliz.

Mas neste preciso momento... estou imensamente frágil...

E amanhã...

... há consultório sexual - the sequel! Preparem as vossas questões, que eu responderei durante o fim de semana!

Já agora, tentarei responder aos comentários que tenho em atraso (e são muitos) hoje à noite ou amanhã. Odeio ter comentários em atraso!

Último grito da tecnologia - the sequel

OK, esta tecnologia pode ser de último grito, mas também tem direito a falhas. Não deixa de ser giro uma gaja estar na estação de metro, ver esta mensagem no ecrã, pôr-se a adivinhar o username e a password e pensar onde está o teclado!

E daí, às tantas ter a ideia de tirar uma foto talvez já seja suficientemente doentio...

Ultimo grito da tecnologia

Tenho que comprar um telemóvel, porque o meu está a dar as últimas (teve dois pequenos ataques cardíacos e acho que o próximo será fatal) . Tem que ser suficientemente grande para o conseguir encontrar na minha carteira e não precisa mesmo, mesmo de ser o último grito da tecnologia.




OK, também não exageremos! Claro que a feira de velharias em que tirei esta foto... talvez não seja um bom sítio para ir às compras. Na volta é melhor uma loja da especialidade...

O sonho do Sadeek

Sadeek... querias, não? Mas são minhas!




NOTA 1: A propósito deste post, ponto 1.


NOTA 2: Antes de ficares todo comichoso, ficas a saber que não pude comer nenhuma porque engordam e a minha vesícula resolveu (depois de montes de tempo em silêncio) manifestar a sua peregrina existência.

Jovem, precisas de 1500 euros?

No Expresso:

"Em Itália, os pais que baptizarem os filhos com os nomes de Benito ou Rachele estão aptos a receberem uma ajuda financeira no valor de 1500 euros."

Mas...

"A recompensa está a ser oferecida pelo Movimento Sociale-Fiamma Tricolore (MS-FT), partido de extrema-direita italiano."

Mmmmm...

"Para grande parte dos italianos, trata-se de uma clara alusão ao líder fascista Benito Mussolini e Rachele, a sua mulher. "

Agora que falas nisso, realmente tinha-me ocorrido!

"Curiosamente, o MS-FT nega qualquer conotação, alegando que a escolha dos nomes Benito e Rachele aconteceu porque foram considerados interessantes. "

Ah, bom! Então era coincidência! Se é assim, tudo bem! Benito é um nome giro? E Clara também? Por coincidência, Clara era o nome da amante do Benito (pura coincidência! Mais uma!)! E Eva e Adolf? Mas não tem nada que ver com o.. com o...

"A ideia nasceu, diz o partido, da necessidade de ajudar a combater os baixos índices de natalidade na região. Segundo os autores da iniciativa, o dinheiro servirá para os pais comprarem berços, roupa e comida para os bebés. "

Pois... ... ... OK... eu vou já ali e venho...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

3 tipos de pessoas

Há 3 tipos de pessoas:

1. As que às 5 da manhã estão a chegar a casa da farra;

2. As que às 5 da manhã se levantam para ir à casa de banho;

3. As que às 5 da manhã estão a sair de casa para trabalhar.

Estas últimas são um bocado mau feitio e precisam de repensar seriamente a sua vida.

Há ainda aquelas que às 5 da manhã postam merdas destas, mas isso é mesmo só mau feitio (sim, porque sono não pode ser).

terça-feira, 25 de novembro de 2008

"Linda-a-Pastora" é

1. Uma moça chamada Linda, que apascenta ovelhas no monte;

2. Uma expressão de código usada entre gays para se identificarem uns aos outros. Um pouco como "are you a friend of Dorothy?", mas em português;

3. Uma localidade nas Caldas da Raínha;

4. Um bar no Bairro Alto;

5. Um doce típico dos Açores;

6. O nome de código de uma operação policial que visa desmascarar uma rede complexa de facturação falsa;

7. A namorada do João Pedro Pais, que vai fazer um dueto com ele no próximo álbum.


Quem arrisca um prognóstico?

Como castigar um abusador

Há aí pelo menos dois meninos todos sensíveis com a magna e candente questão dos abusos contra as mulheres (este e este) e estão todos coitadinhos com a questão (diz que hoje é dia internacional contra a violência contra as mulheres).

Ora eu sou um bocadinho mais abrutalhada nestas coisas e exijo acção! Pois o meu desafio é métodos para castigar um marido/companheiro/namorado que bata numa mulher.

À semelhança do consultório sexual, encorajo o anonimato e as respostas absurdas... desde que tenham doses maciças de sadismo e violência (ou música do José Cid), porque o assunto não é para menos. Se se justificar, actualizarei o post com as sugestões mais sádicas... como sugestão para casos reais...

Por inveja pura e simples, roubei parte de um comentário da NI no post do Sadeek:

"A violência física é uma das expressões extremas das formas que pode revestir e é no espaço doméstico que ela é mais frequente e apresenta variadas formas. Mas não é a única. A violência psicológica tem assumido formas e proporções graves.

Por incrível que possa parecer, todos os estudos indicam que o lugar menos seguro para a mulher é a sua própria casa. Segundo dados mundiais, o risco de uma mulher ser agredida em casa, pelo marido, ex-marido ou actual companheiro, é nove vezes maior do que o de sofrer alguma violência na rua.[...]

Facto curioso é o número significativo de casos provenientes das classes alta e média alta, contrariando a tese, de que a violência contra a mulher, é apenas o resultado de uma cultura da pobreza ou da baixa escolaridade. Mais, ainda, é o número significativo entre jovens namorados."

Estão abertas as hostilidades...

Auto-conceito

Ontem estive a desfiar uma série de fotos que tirei a mim mesma (porque ninguém parece achar boa ideia gastar pixeis em mim) em diversas ocasiões. Por acaso a intenção era procurar uma que pudesse colocar aqui (logo, em que eu não fosse reconhecível) e uma outra que tinha que enviar para uma coisa que não interessa para o caso.

O que é estranho é eu ter olhado para as fotografias já um cento de vezes e a minha opinião sobre elas (logo, sobre a minha figura) oscilar entre o "gira" e "absolutamente pavorosa". Ontem achei-me gira numa série delas, o que é bom. O que reforça a ideia de que tenho que continuar com este exercício estranho e narcisista de tirar fotos a mim mesma, para que possa ter uma ideia mais real de quem realmente sou e aferir objectivamente como muda o meu auto-conceito com o meu humor. Talvez um dia me ache verdadeiramente bonita. Talvez um dia coincidam objectivamente o exterior e o interior e esteja satisfeita com ambos. Talvez consiga manter o meu humor para cima mais vezes e espalhar assim a felicidade também aos que me rodeiam.

Não tenho ilusões: tenho imperfeições, tenho imensas coisas que não gosto em mim. Mas eu sou quem sou, e dou o que sou a quem me quiser ver e estar comigo. Com todas as minhas imperfeições físicas e de feitio. Mas também com tudo o que de muito bom tenho para dar.

E dito isto, dizem que a bicicleta fixa faz bem aos glúteos, por isso é uma das coisas em que tenho que investir. É que o feitio do rabo também conta...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Preguiça

- L., dá-me 3 boas razões para eu ir ao ginásio!

- Olha, está frio e é da maneira que aqueces!

- Boa! Não tinha pensado nesse aspecto! Fixe, dá-me mais duas razões!

- Pá, não sei...

- Mmmmm... já paguei, certo? E faz-me bem! E fico com o rabo mais firme. Já estou convencida! Estou no ir!

E não é que fui mesmo?! Impressionante! E realmente estou mais quentinha um pedaço!

Aviso à navegação

O consultório sexual vai voltar! Como tenho uma série de leitores novos, piquem aqui para ler o histórico de badalhoquice daqui do tasco.

Na sexta-feira, como era costume, abre o consultório às questões na vertente consultório sexual, consultório sexual animal e consultório sentimental, a que respondo quando puder (presumivelmente durante o fim de semana) e da maneira mais estapafúrdia possível, de modo a que não se aprenda mesmo nada aqui!

Recordo que é das únicas circunstâncias em que encorajo o anonimato. Mais que isso, o recurso a nicks falsos e o mais originais e descabidos possíveis.

Meus amigos... coleccionem as vossas dúvidas... o consultório sexual está de volta!

Espaço

Como há um tempo para tudo, há espaço para tudo. No caso, de memória de telemóvel. Se não há expectativas de que alguém me ligue, para quê ocupar a memória de telemóvel com o número dessas pessoas? Apaguei 4 contactos este fim de semana. Só porque sim: porque não vou precisar do número de nenhum deles!

Dito isto, não faço ideia de quem seja a Mariana...

Apeteceu-me recomeçar o alemão. E a propósito...

Este fim de semana apeteceu-me recomeçar o meu alemão, que já está esquecidito. Sabiam que em alemão não se diz "cortar o cabelo" (den Haar schneiden) mas "deixar cortar os cabelos" (die Haare schneiden lassen)? Ou seja, além do plural (os cabelos e não o cabelo), aponta para o facto concreto de que as pessoas não cortam o próprio cabelo! O que é giro! Claro que fica a dúvida se se faz a correcção para o caso raro de pessoas que cortam o próprio cabelo! Com tanto trabalho e perícia, suponho que mereciam uma atenção gramatical!

E porque é que eu me lembrei disto? Porque preciso de deixar que me cortem os cabelos! Porquê? Porque estou com uma "trunfa" considerável e que está a perder a noção dos limites. E depois, gasto montes de amaciador.

Por falar nisso, tenho que arranjar um amaciador novo e mais potente, porque acho que este me está a fazer alergia na pele. Mas é estranho, porque eu já o usava antes e nunca me tinha feito alergia. Na volta é alergia ao trabalho, porque eu nas férias não tinha esta alergia. Mas isso também é estranho, porque eu também já trabalhava antes e nunca tinha tido alergia! E essa da alergia ao trabalho não me parece bem!

O que se diz do trabalho é que não mata mas mói. A sabedoria popular é omissa em relação a alergias. O que não deixa de ser curioso, porque o tabaco também mata. Lentamente, ou seja, mói devagarinho e depois, zás! Será melhor fumar ou trabalhar? E quem fuma e trabalha? Está lixado!

Lembrei-me disto porque fui a um sítio no fim de semana onde fiquei na zona dos fumadores. Além de as minhas roupas tresandarem forte e feio, juro que descobri mais 2 rugas à volta dos olhos! Ou seja, estou a ficar velha! Velhos são os trapos, carago! O que me lembra: devia ir comprar uma roupinha...

sábado, 22 de novembro de 2008

Faz um ano

Há um ano, como não tinha mais que fazer e tive a curiosidade de quantificar as minhas visitas, instalei o sitemeter e o statcounter. O blogue em si começou há mais tempo a 20 de Junho, um spin-off da minha participação no entretanto extinto blogue "Roupa para Lavar" do Jorge Fiel nos bons velhos tempos em que ele não tinha ideias peregrinas como ir à Polónia a achar que valia a pena contar todas as coisas interessantes que lá fez: mas que seca!

Comecei timidamente, mas depressa comecei a coleccionar ideias (peregrinas) e amigos... e posts que nunca me julgaria capaz de escrever! Mas escrevi e adorei!

Há um ano o post era este aqui. Foi o início de uma série deles absolutamente badalhocos e que me deram um gozo tremendo escrever! E pelos vistos a outros ler, porque ao fim de um ano a contar, tenho a registar 22 008 visitas no sitemeter e 24 331 no statcounter. OK, há uma diferença de 2 000 visitas entre um e outro, mas eu tendo a acreditar no statcounter porque me é mais favorável. Eu gosto da verdade, mas prefiro a que me faz mais feliz!

Adoro o blogue, os amigos reais e virtuais que fiz através dele e ler os vossos próprios blogues. Um dia, como tudo, terá um fim, mas não será para já.

A vocês que têm pachorra para me aturar, o meu obrigada. E tenho mesmo que retomar a badalhoquice, sem falta! Acho que vou retomar o consultório sexual, mas se tiverem outras sugestões (por absurdas que possam parecer, e sobretudo se parecerem absurdas) coloquem-nas abaixo. Nem que seja a coberto de anonimato (desde que inventem nicks fixes)!

De novo, o meu obrigada! E agora com licença que vou para a night! Oié!!!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Manual de instruções para fazer um bom saco de ginástica

1. Acordar cedo;

2. Tirar tudo do saco e deitar para lavar;

3. Colocar devidamente dobrada e acondicionada uma toalha para os aparelhómetros de musculação e uma para o banho;

4. Acomodar na secção correcta as sapatilhas;

5. Escolher criteriosamente uma t-shirt e umas calças ou calções e colocá-las no saco;

6. Acondicionar num saquinho de toilete shampoo, gel de banho, hidratante para o corpo e rosto e borrachas para o cabelo (porque estou com uma juba de todo o tamanho). O hidratante para o cabelo fica para aplicar em casa;

7. Colocar este saquinho dentro do saco principal de modo a não estragar o equilíbrio do conjunto;

8. Num outro saquinho colocar uma muda de roupa interior e o soutien de ginástica (a gravidade tende a ser mais destrutiva sob influência esforço intenso) e acondicionar ainda este saquinho no principal;

9. Acrescentar um saquinho para a roupa transpirada;

10. Fechar o saco grande e colocar uma garrafa de água ao pé para não esquecer.

Depois de todo este minucioso exercício, tomar pequeno-almoço.

Finalmente.. sair pela porta fora, deixando o saco de ginástica no chão, em vez de o meter na mala do carro, que é onde era suposto ele ir!

NOTA: Não estou com tantas paneleirices: simplesmente atiro para lá para dentro umas coisas. Mas isto é o meu lado dramático e exagerado a falar!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tempo para tudo

O tempo não cresce nas árvores. Não se compra, não se reproduz. Simplesmente passa. Uma vida tem (em média) 80 e tal anos, mas o tempo não é sequer passado de igual modo nesses 80 e tal anos. Cada idade tem as suas especificidades: não se vive a adolescência aos 50 e não se deve ser velho aos 20. Porque não deve ser assim.

Há prazos para tudo, mas mesmo assim parecem passar de modo diferente. Os tempos certos de fazer as coisas não dependem de quem os vê, mas da circunstância em si e de quem se tem do outro lado:

- Há um tempo para dizer "amo-te". É que ninguém espera para sempre (ninguém com juízo); há um tempo para dizer "desculpa" e normalmente é mais ou menos a quente. De outro modo pode soar a falso, a ter simplesmente esperado que a coisa passasse para não levar com nada enquanto queria dizer alguma coisa. Ou a nervos e consciência pesada. Não é claro qual das opções.

-Uma mulher só pode ter filhos até aos 40 e tal (ou menos) e sente cada dia passar até à menopausa (o dia do "nunca mais", do "esgotou-se o tempo"); um homem, em teoria pode ter filhos até morrer. Mas se os tiver a partir de uma determinada idade nem sequer vai ter muito tempo para os viver. E não tem menopausa.

- Há um tempo para ver se um amigo precisa de ajuda. Se for tarde demais, ele já não precisará, por um motivo ou outro. Há um tempo certo para sacudir um amigo que está a enterrar-se em sentimentos de pena de si mesmo. E defini-lo é complicado!

- Há um tempo certo para chorar uma relação desfeita, seja ela qual for. Prender-se tempo a mais ao que não foi é doentio e pode impedir-nos de viver. E impedir-nos de viver, dada a nossa finitude, é a pior das crueldades.

Há já meses escrevi neste post que se me tivesse metido pelo mar adentro em Junho demorariam a dar pela minha falta. É verdade! Para ser concreta, demorariam 12 horas, que era o tempo de eu ir trabalhar. Menos se me ligassem e eu não atendesse. Já estaria algures a fazer parte do grande oceano, mas haveria quem chorasse por mim, quem desse pela minha falta. Foi mais coisa menos coisa o que sucedeu a uma pessoa que me era muito próxima: desapareceu deste mundo, mas sabe que foi muito amado enquanto cá esteve. Sabia que o iam procurar, quando, e certificou-se com sucesso de que era tarde demais. Sinto a falta dele.

12 horas é muito tempo para se detectar a nossa falta? Depende! Para uma mãe ou pai de família o tempo certo seria aí 2-3 horas, ou seja, 4-6 vezes mais rápido que para mim. Quanto tempo é muito tempo para se sentir que alguém possa ter desaparecido? 1 semana? 1 mês? 2 meses? E... 8 meses?

Quando escrevi o post solitário/melancólico da praia estava já este senhor morto e bem morto. A cheirar mal! Já não pagava renda há um tempo. Depois desse post o homem continuou. Morto. Eu fui de férias e voltei. Voltei a ir de férias e a voltar de novo. Gastei toneladas de gasóleo e emiti os respectivos gases de escape para a atmosfera, contribuindo para intensificar o efeito de estufa, enquanto ele ia emitindo maus cheiros diversos. Morto. Ocorreu uma pequena revolução na minha vida e ele... continuou morto, como os mortos continuam depois de... mortos! Que é isso que fazem os mortos. E ninguém o procurou! Apesar de ele ter morrido em Março.

Na realidade, este homem de 57 anos (é mais novo que o meu pai!) só foi encontrado porque a administração de condomínio contactou um filho (!!!) que então se dirigiu ao prédio, rebentou a porta e viu que o pai estava. Morto. Muito morto.

Em 8 meses ninguém lhe ligou? Não é tempo a mais para se procurar um pai, um tio, um primo, um amigo? Mas que diabo se passou aqui?

Estranho como possa parecer este post, não é um post triste: 12 horas parece-me mais ou menos bem. E sei que me sentiriam a falta. A tal rede social e relacional que me sustenta e de que se falou há uns dias funcionaria. Por grande que possa parecer a tragédia da minha solidão por vezes, há que pôr as coisas em perspectiva.

A solidão assusta-me, como assusta todos. Mas há que não se sentir completamente engolido por ela. Não vale a pena! Não é assim tão grave, embora por vezes possa senti-la muito intensamente!

Um destes dias tenho que ir de novo ao mar, molhar os pés de novo. E daí... é melhor não, porque senão sentem a minha falta passadas as tais 12 horas. Mas aí será para receberem um telefonema de uma voz de pneumonia a dizer que não dá para ir trabalhar durante no mínimo 1 mês! E 1 mês na cama é tempo a mais!

Fogo, estou a ficar um gajo!

Um dia destes, entre outras trocas de palavras igualmente construtivas um amigo disse-me que ia sair com um monte de amigos, um dos quais uma amiga lésbica. Pergunto eu: "é gira?", ao que me responde ele "Não!". Resposta aqui do "je": "Então não interessa!".


Quer dizer, e eu perguntei da densidade intelectual da moça, da capacidade de ser leal, da integridade, princípios, bondade, talentos, se é querida? Não: só faltou perguntar se tinha mamas grandes!

E daí... quando me falam de um gajo, também pergunto se é giro... na volta é normal!

A essência da mulher


O JN chama a atenção para a Salma Hayek:
""É importante que os homens aprendam a seguir a essência", afirma a actriz mexicana, que, a bem da verdade, se tem celebrizado por curvas que não as do pensamento... Todavia, ela, mãe recente, alerta os candidatos a namorado que quase nada é eterno. Os homens, avisa Salma, têm que se consciencializar que o corpo feminino muda depois de ter bebés."

Realmente não entendo: olhem só para a essência da Salma Hayek! Mmmmm... sigam a essência! É só feromonas!

A essência das mulheres depois do bebé fica bem maior!


OK, neste caso só é perceptível o aumento das mamas (aquilo são discos de amamentação ou ou soutien é maior que o vestido?)! E é mau, por acaso? Não anda aí tudo a reclamar por mamas grandes?
Dito isto:

"Salma Hayek já namorou com alguns dos homens mais cobiçados de Hollywood - como Edward Norton, George Clooney e Colin Farrell - e separou-se recentemente do noivo, François-Henri Pinault, pai da sua filha de 14 meses, Valentina."
Desculpa, filha, mas a essência dos que já namoraste e deitaste fora também não me importava eu de seguir! Mesmo que lhe tivesse que chamar essência (sabes, eu costumo chamar-lhe outra coisa!). E com esta escolha toda foste tu para um morcão cujo apelido se lê "pinô-te"... pois! Tinha e$$ência, é?

Francamente!

Como eu descobri que o meu pai está a precisar de férias

O meu pai tem uma capacidade de trabalho e de resistência à pressão pouco comuns. Não é de todo habitual perder o humor e a boa disposição por excesso de trabalho nem começar a dizer disparates por estar cansado ou mesmo cometer erros.

Mas hoje reparei como o homem está a precisar de férias: é que diz-me ele que Portugal perdeu 6-2 com o Brasil no amigável de ontem! Eu simplesmente sorri, compreensivamente. Perante semelhante disparate, não valia a pena estar a dissuadi-lo: se ele estava convencido que era isso que tinha ouvido, tudo bem! Nada que uma semaninha numa pousada no Douro ou mesmo só um fim de semana um pouquinho mais prolongado não resolvam.

Porque é um disparate que a selecção tenha perdido 6-2 com o Brasil! Quer dizer, não são uns marretas, pois não? São profissionais de futebol, que se esforçam e têm brio na sua profissão e em representar o seu país!

...

...

Agora que penso no assunto, há jornalistas de jornais desportivos que estão também convencidos que a selecção perdeu 6-2! É dramático! Anda tudo cansado, a precisar de férias! A Blonde também anda a precisar de férias, porque vi agora na barra do lado um post dela que diz "6-2??". Tadinha!

Sem brincadeira, alguém me diz como ficou o jogo?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Guerra de más línguas - parte 1

Ah pois! Escreveste "esta-mos" no e-mail que me mandaste. Mas se reparaste, levaste com uma frase sem ponto final como resposta! Siiiiiiiiiiiiiiiiim, eu sou vingativa!!! Do pior que há!

Mas olha que mesmo assim, há coisas piores que te podem acontecer por seres mau a línguas!!! Não percebi bem ainda, mas tem que ver com ter um pato doente.

De falar ao coração de uma mulher

Neste post do Lança em África diz um anónimo (pelos vistos uma anónima) a dada altura:

"O culto do "sofrimento" atrai-me, sei lá, acho o máximo. "As" mulheres "adoram" homens que choram, sensíveis... "Estão sempre prontas" a deixa-los chorar na mam... Desculpem, no ombro, amigo."

Há mulheres sensíveis e há homens sensíveis. Creio, só com base na observação, que as mulheres são mais solidárias nestas coisas.

É facto conhecido meu há muito tempo que um homem que está numa relação com uma mulher e se vai queixar a outra mulher da que tem no momento... meninas... isso é engate! É fugir, porque é fingimento puro e duro. Não acreditam? Não acreditem se não quiseres, mas podem estar envolvidas no processo de trair outra mulher. E uma mulher não faz isso a outra! Simplesmente não faz! Ninguém é santo, as pessoas sentem-se atraídas por pessoas comprometidas e não há amores para sempre, mas há situações que gritam "mentira".

Um homem livre é outra coisa, mas como já disse, usar o que ficou magoado com outra(s) pode também ser jogo e "legitimidade" para magoar a próxima (leia-se: nós, as que lhe damos ouvidos). É que ninguém tem que pagar pela história dos outros.

Insinuava a criatura anónima que haveria no post do Lança em África falsos sentimentos. É possível! Muito possível! Estatisticamente falando, provável até! As pessoas mentem (a si mesmas inclusive)! Todos mentem! Confiar é bom, mas pode ser usado contra nós e será usado! Mas puxando os fios certos, a verdade vem ao de cima! Vem sempre, porque na maior parte das vezes não se consegue esconder.

Já fui enganada mais que uma vez em mais que um jogo de homens (e fui-o recentemente). Mas sempre, sempre descobri! Tarde demais, porque já estava envolvida. Mas recuso-me viver na desconfiança: envolver-me-ei sempre que ache que pode valer a pena, nem que seja para bater com a cabeça na parede.

O que me recuso é o oposto: confiança cega em nome de um tal de "amor". Amor tem que rimar com confiança, nem que seja à força de vários acordos ortográficos. Dito isto, quando dito fininho porque a tomatada está apertada por ter que forçar a confissão de uma mentira... rima tudo!

No caso em concreto, sinceramente a acusação do(a) anónimo(a) soa-me a despeito. Posso estar errada! Mas se fosse uma situação de vida real e me dissesse respeito, podem crer que eu tirava a limpo!

Pontos altos do fim de semana

Sim, eu reparei que é quarta-feira (ando com sono, mas nem tanto assim!). Mas este fim de semana foi bestial e queria mostrar-vos algumas das pequeninas coisas que contribuiram para que o fosse:

1. Comprei um Moleskine pequeno de quadrículas por menos que 9 euros. Mais barato que na FNAC e comprado numa loja de rua, e não em centro comercial. Em contrapartida reparei que não há cadernos "Paperblanks" com quadrículas. Espero que a falência não tarde, porque empresas com este mau feitio não merecem sobreviver mesmo.

2. Apanhei um solzinho que renova a alma;

3. Revi amigos que me renovaram mais a alma que o solzinho. Acho que não foi nada pessoal, mas as 7 strippers ao nosso lado lhes renovaram mais a alma (e a história não é NADA do que vocês estão a pensar, mas eu vou deixar a frase assim que é para vocês pensarem porcarias);

4. Tropecei num amigo que já não via há séculos. É daquelas pessoas que, de cada vez que o vejo, parece que ainda ontem estivemos a conversar horas e horas. E conversamos horas e horas!

5. A família está muito bem e recomenda-se. E a aumentar a olhos vistos: muitas sementes nos familiares da Abobrinha;

6. O Benfica ganhou. É uma coisa tão rara, que é sempre de festejar. O Sporting perdeu, mas isso já não é nada que não seja costume;

7. Ninguém me tentou assaltar no metro desta vez. Mas a porra da moda dos tomates descaídos continua! Em contrapartida, as lisboetas continuam umas oferecidas... mmmmmmmmmmm... que booooooom (e nem estou a falar das strippers!)!

E pronto, eu sou uma alma simples! Sobretudo, tive tempo para pensar e estar comigo. E eu sou boa companhia. Quem quiser e for de bem reconhece isso. Mas não quero compa

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mais uma pérola de bom português

Senhoras e senhores, eis a mais recente gralha apanhada na malha da Abobrinha. Preparados? Cá vai: Républica!!! Uuuuuuuuuuuuuui, até dói! Espero que tenha sido acidental!

Uma explicação racional

No Expresso:

"Os motivos que levaram Margaret Bernstorff, 94 anos, a manter os cadáveres dos três irmãos em casa durante mais de vinte anos ainda não são conhecidos. A polícia já apurou que os três idosos morreram de causas naturais mas, embora esteja "lúcida", a "simpática senhora Bernstorff ainda não foi capaz de dar qualquer explicação racional" às autoridades para a sua atitude."

Alguém é capaz de adiantar uma explicação racional para uma coisa destas? Há uma explicação racional?

"Sobre os irmãos Bernstorff pouco se sabe: nenhum casou nem teve filhos, sempre viveram juntos, mudaram-se para aquela casa em Evanston nos anos 20 e por ali ficaram, com uma vida social praticamente nula. [...] Por isso mesmo, a atitude de Margaret com os cadáveres dos irmãos pode ser entendida como "normal", dizem os especialistas. "Quando não se tem um rede de suporte cai-se facilmente em situações irracionais de dependência como esta", explica Celie Berdes, professora de saúde em Chicago. "

Quê? É esta a explicação racional? Ainda por cima é normal? Eu não acho normal!

POrra, se a falta de vida social faz isto... ainda bem que eu gasto gasóleo para a ter! Entre outras coisas, cheira menos mal que um cadáver!

Nota mental: sair este fim de semana, esteja ou não melhor da garganta!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Testezinho da praxe

Copiei isto da Cristina. Como é fixe, resolvi partilhar (sim, porque se tivesse coisas más eu negava tudo!)!








"E tu conheces mulheres que não tenham um par de cornos?"

Atenção que isto não é lamechice. Este post é um desabafo causado por ter andado a ouvir com frequência a mais... conversas de cornos!

Se repararem, o título está entre aspas. Isto porque quem disse aquilo não fui eu mas um indivíduo que trabalha comigo quando eu mencionei uma amiga minha que apanhou com um par de galhetas (quer-me parecer que mais que uma vez, mas pronto, isso já é um pormenor). A resposta deixou-me de cara à banda com a ideia daquele homem de respeito e amor pela esposa. E uma outra pessoa que diz não se importar com a ideia de ser corneada. Desde que possa cornear de volta, não tem problema! Para isso prefiro a versão de um outro amigo meu: já não há amores para sempre! Mas ao menos enquanto dure, que seja verdade, e não uma ilusão de uma verdade doce!

Tenho visto gente a trair companheiros de longa e curta data e confesso que me mete impressão. Um erro acontece a qualquer um, mas uma coisa deliberada e sistemática mete-me arrepios. Se a mais pessoas metesse impressão, talvez a arte do encornanço se tornasse mais difícil um pedaço! Crime com castigo e sem perdão.

E deixo-vos com uma música fixe mas um conceito estranho: mentiras. Directamente da minha adolescência, os Fletwood Mac. Adorava os tipos porque não havia UM vocalista: simplesmente cantavam mais ou menos à vez, o que é extraordinariamente original! E digam lá se isto não se ouve bem! Música de trintões por excelência!



NOTA: Eu hei-de escrever posts badalhocos em breve, asm realmente não estou grandemente inspirada. Esperem um

Lixado não é...

... atestar a porra do depósito com o gasóleo a € 1.219 / l. Lixado mesmo é andar 300 m e descobrir que a outra bomba tem gasóleo ao módico preço de € 1.096 /l... é mesmo f... ulminante!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Está dito, está dito!

Bem, olhei para o que escrevi antes e senti-me tentada a apagar. Mas é um disparate, porque já está dito e já houve pessoal que leu. E foi sentido! E, como disse o outro, "está dito, está dito!". Não sei se conhecem a anedota: um grupo de malfeitores no Oeste americano assalta uma diligência. No fim do assalto diz um deles: "Violem os homens e matem as mulheres! ... ... Oh! Ao contrário: matem os homens e violem as mulheres!". E ouve-se de dentro da diligência uma vozinha efeminada "o que está dito, está dito!".

Além de tudo, a minha ligação à net está lenta e tive que passar roupa a ferro! Tudo pequenas coisas que me deprimem! Mas isto passa tudo! Passa sempre! Só de vez em quando é que eu tenho a sensibilidade à flor da pele... o que é um erro!

Estou instável e nestas alturas é complicado aturar-me... infelizmente mais ainda para mim que para os outros! Neste momento já não estou assim, mas realmente não tenho inspiração (nem tempo) para mais. De modo que vou recorrer à última arma em caso de crise: fufas! Ainda pensei em pôr de novo o rabo do Sadeek, mas... tenho melhor! E não, não são as minhas mamas! É bem melhor! Ora vejam:

"Para que foste postar isto, pá?"

Este post é a resposta ao Sadeek ao post anterior de ódio ao Natal.

"E com este teu post não consigo fazer nenhuma graçola...bahhhh...para que foste postar isto, pá?! "

Postei isto para ter tempo de me lembrar de mentir no Natal e fingir a tempo de não mostrar aos que me rodeiam como estou sozinha e triste. Talvez consiga lutar a tempo e divertir-me sinceramente e esquecer o ódio que tenho ao Natal.

Postei porque ontem me deitei de novo a chorar e porque estou a chorar neste preciso momento (mas isto passa!). Por isto e por mais motivos, apesar de ter passados ontem um dos dias mais divertidos de que tenho memória, de hoje estar de férias e estar prestes a ir visitar pessoas de quem gosto muito e com quem não quero ser má companhia em Lisboa.

Postei isto porque estou a sofrer, peço ajuda e só consigo respostas como "estás a fazer chantagem emocional". Como se fosse fingida a dor que sinto, como se fosse falsa... que é coisa que não sou! Sou verdadeira e profunda, por isso sofro e muito! E porque assim sou me custa mais deitar as coisas para trás das costas!

Porque na vida real tive uma pessoa que me disse à bruta para eu parar de falar do que me incomoda e quanto, porque senão deixava de falar comigo porque eu a deprimia. E tem razão: ela não é minha psicóloga e tem os seus próprios problemas, não precisa dos meu também.

Porque eu sou a Abobrinha tresloucada e bem disposta que apresento aqui, mas tenho o meu lado negro sempre a espreitar: o lado negro de quem não é por vezes capaz de ver a sorte que tenho e as pessoas fantásticas que me rodeiam. De quem tem momentos em que só é capaz de ver como estou mal. E tenho que lutar constantemente contra o meu lado negro (e neste preciso momento estou a perder), porque senão ele engole-me.

Postei isto porque neste preciso momento não me lembro de disparate nenhum para escrever, que tenha piada e que quebre a minha própria má disposição.

Porque tenho apanhado com muitas nos últimos anos e volta e meia fraquejo. Mesmo assim estou melhor, mas tenho que desenvolver couraça para aguentar com todas as outras pancadas que a vida me dará!

Porque preciso de ajuda... mas é mais fácil ignorar-me, achar-me louca e preserva-se!

POrque volta e meia me odeio!

Porque estou sozinha! E porque quando estendi a mão para ajudar uma pessoa que estava sozinha ele aceitou essa mão que lhe estendi. Para agora ma rejeitar! E eu nem pedia muito! Ou será demais? Porque nem o consigo odiar (seria tão mais fácil). Porque seria muito mais fácil odiá-lo! Mas odiar-me-ia a mim mesma se o conseguisse fazer! Porque mesmo assim consigo preocupar-me com ele, com o seu bem estar e... nada!

Porque me devia preocupar mais comigo mesma!

Porque este Natal vai ser igual aos outros todos. E mais do mesmo é muito mau!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ora porra, o Natal está aí outra vez à porta!

Quem teve o bom gosto de ler o meu blogue o ano passado mais ou menos por esta altura, deu de caras com uma série de cartas ao Pai Natal e outras iniciativas de ódio puro em relação ao Natal em si (ver a etiqueta "Natal"). Com um humor que não sei bem onde fui buscar, porque estava de tal modo engasgada. O último post foi este, em que já nem grande humor consegui fazer, tal era o ódio ao Natal e a solidão.

Este ano, para a minha própria sanidade mental, acho que vou fazer uma coisa que normalmente é contra os meus princípios: fingir! Fingir que não estou cada vez mais em pânico com o Natal e a solidão avassaladora que o acompanha e que não odeio o Natal com todas as minhas forças. É que assim como assim as pessoas ou não querem saber o que sinto ou querem saber mas não podem fazer nada acerca do assunto. E estar só é isso mesmo: estar completamente responsável por mim. Só eu. Dói, mas é assim mesmo. Já me devia ter habituado...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sopa de miso

Diz que o miso e outras cenas fermentadas fazem bem a tudo e mal a nada. Entre outras cenas fermentadas contam-se o keffir e o tempeh. O kefir é primo do iogurte (em segundo grau e pelo lado do pai, porque o sabor é mais estranho, mais amargo) e é leite fermentado com um "bicho" que eu tenho em casa. O tempeh são feijões de soja meios esmagados meios por esmagar fermentados com uma levedura (uma coisa relativamente complicada: tentei fazer isso uma vez e ia pegando fogo à casa). Tem um sabor peculiar que não é para qualquer um.

Dizem que estas coisas recuperam a flora intestinal, o que para mim tem pouco efeito porque o meu estómago tritura ferro se for preciso! Mas para quem for assim mais fragilzinho, recomendo experimentar. Além de que parece que se vive 120 anos, no mínimo. Claro que sendo uma especialidade japonesa há sempre a suspeita de que deixe os olhos em bico ou cause pilas pequenas. Mas como eu não tenho pila, estou à vontade!

O miso em si é uma pasta de várias coisas (arroz castanho, soja ou outros) fermentado e (tanto quanto sei) usa-se mais em sopa. Diz que faz bem a tudo e mal a nada. Não sei, mas lá que me sabe bem sopa de miso, sabe: uma sopinha de miso aquece-me a alma e arredores.

Até há um tempo só comia sopa de miso em restaurantes japoneses. Depois descobri sopa de miso instantânea... até que resolvi fazer uma coisa que volta e meia faço (com resultados variáveis): inventar! De carago!

Aqui a Abobrinha comprou miso (brown rice miso, de marca clearspring) e alga wakame numa loja-que-não-me-lembro-do-nome-apesar-de-a-ter-visto-um-cento-de-vezes à frente do Continente de Gaia (Celeiro? Espero que entre as vantagens da sopa de miso esteja a melhoria da memória), convencida de que estaria a fazer um mau investimento.

Ora nada mais errado, porque sopa de miso não é mais complicado que colocar meia colher de miso e umas folhinhas de alga em água a ferver... e esperar 2 minutos! Para pessoal impaciente como eu é o máximo e aquece a alma na mesma! Das poucas rapidinhas que eu até aprecio!

Experimentem!

E para quem estava à espera de badalhoquice, bem se lixou, porque isto era mesmo só acerca de culinária!

Solidariedade, boa vontade e boa educação

Apanhando o telefone apesar de estar numa reunião porque estava a tocar há tempo a mais e não é boa prática pôr fregueses à espera.

"- Bom dia, minha senhora, estou a ligar-lhe de uma instituição de solidariedade social e queria pedir a atenção dos responsáveis da sua empresa para o nosso projecto. Costumam contribuir para instituições de solidariedade?

- Olhe, agora não posso estar a atender porque estou a trabalhar. Mas de qualquer modo, não costumamos dar para instituições de solidariedade social. - Leia-se: quer mesmo que eu chateie o patrão com uma mensagem tão vaga como essa?

- Ah! Mas olhe que eu também estou a trabalhar! Respeite quem está a trabalhar! - visivelmente irritada e debita mais umas coisas que não me interessam.

- Minha senhora, com licença que eu vou desligar. - ouço um "teteté, teteté" de refilanços vários do outro lado - Com licença."

E ouço o telefone a desligar antes de ter tempo (e eu fui rápida!) de pôr o dedo no descanso do telefone.

... olha, desligou-me o telefone na cara antes de eu ter tempo de educada e avisadamente desligar o telefone!

Cada qual dá o que pode e quer, quando quer. Ninguém é forçado a dar (ou porque não quer ou porque não pode) e muito menos levar com má educação de senhoras que exigem respeito porque estão a trabalhar, sobretudo quando esse trabalho parece ser correr a lista telefónica à cata de quem as ature. Essas é que precisavam de um par de tomates para coçar!

Quando tinha telefone fixo e estava muito tempo dentro de casa apanhava com 50 chamadas destas por mês, pelo que desenvolvi esta estratégia e transportei-a para o trabalho. A minha mãe faz o mesmo. Sinceramente, parece-me bem e não creio ser menos solidária por causa disso! Tem outra: só dou quando quero e quanto quero a quem conheço. Porque desconfio destas organizações! Chamem-me cínica, mas sou assim mesmo e sou feliz assim!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

E eu vou querer televisão para quê?

Porra, estou exposta à televisão em casa dos meus pais há 5 minutos e já ouvi o José Rodrigues dos Santos dizer "Ánguela Méeerrrrrrrrrrrrrrkle", "âupel" (Opel) e mais uma série de barbaridades que não tive tempo para fixar. E pergunto eu: televisão para quê exactamente?

Uma tirada genial da Abobrinha (não que isso não seja costume, atenção!)

Hoje, a propósito de absolutamente nada (espero!), escreve a Gugui no seu tasco:

"Aviso aos homens... cuidado quando forem ao médico!

É que, segundo esta notícia, um médico amputou, por erro, os genitais a um paciente!Eu acho "piada" ao "por erro"... confundiu os genitais com o quê??? "

Este post gerou a seguinte troca de comentários entre nós as duas, a propósito também deste post em que fui acusada de ser realmente racista (o que é uma parvoíce):

"Abobrinha disse...
GUgui

Sabes lá se o paciente merecia? ;-)
11 de Novembro de 2008 16:36

Gugui disse...
É pá, o paciente não sei se merecia tal sina, mas uma tipa chamada Vanessa, merecia cruzar-se com um médico assim ;-) hehehe
11 de Novembro de 2008 16:56

Abobrinha disse...
Gugui

Consta-me que Vanessa é o nome da criatura depois de passar pelo médico. Antes chamava-se Wanderlei... coisas da vida...
11 de Novembro de 2008 17:41 "

Ora contem lá: estive bem, não? Genial mesmo!

Mas que diabo...

... é que tem a porra do Senhor dos Aneis de especial? Há um tempo ia dando um ataque cardíaco a um menino quando lhe disse que não tinha lido o livro nem visto o filme. Há pouco tempo um mais calmeirão praticamente me chamou burra e inculta. Mas eu não quero ler o Senhor dos Aneis nem ver o filme, o que querem que faça?

Salva!

Não acredito: vieram aqui os tipos da informática e ainda está tudo inteiro! Milagre!

De como ler não faz mal nenhum a ninguém

Há uma diferença entre ler e passar os olhos pelas letras. Quem leu o meu post "eu sou racista" deve ter entendido o que eu disse. E se não entendeu, não vale muito a pena explicar! Esta criatura não entendeu e não merece a miscigenação cultural e rácica que herdou, porque claramente esta não a enriqueceu:

"Vanessa disse...

Sabe porque, eu sei...Porque você não passa de uma portuguesinha burra e sem noção...


Que diferença faz se o cara é negro, mulato, preto, amarelo, pouco importa...

O que importa é que o cara foi eleito sim, um marco na história, mas ele pode acabar com o páis, como pode deixar no mesmo, como pode melhorar. FODA-SE a cor que ele tem. Fico puta com essas coisas, claro, sou brasileira, aqui tem de tudo, todas as raças. GRAÇAS AOS PORTUGUES, HOLANDESES, ITALIANOS, CHINESES, AFRICANOS E POR AÍ VAI.

11 de Novembro de 2008 5:32 "

Esta mulher é racista. Eu não! E já agora que ponha o racismo dela... por onde lhe dê mais prazer acima. Porque eu não quero minimamente saber!

"Augusto disse...

Só um desabafo...Depois dos portugueses no Brasil, qualquer merda é melhor.Obrigado"

Este, com franqueza não entendi...

Para que conste...

... o post abaixo é influência de me ter vestido hoje de preto! Foi má ideia, eu avisei!

Por mim escrevia já um post de fufas ou a continuação do "como fazer uma mulher sempre feliz", mas estou a cair com o sono. Fica a intenção e a demonstração do real estado de espírito, que não é de todo tristonho nem melancólico!

Mas deixo duas fotos da renovação e do Outono e mais não sei quê. Sei que as fotos não estão grande coisa, como laboriosamente escrevi ontem, mas os mais distraídos deverão ser avisados que os adjectivos "genial" e "de uma sensibilidade artística perfeitamente excepcional" são elogios perfeitamente razoáveis para descrever as fotos e estão dentro do que o meu ego está necessitado e capaz de aceitar. E mereço! Mesmo que a despropósito, elogios ao meu rabo também são benvindos! Especialmente de mulheres e mesmo apesar de eu (ao contrário de certos e determinados homens casados) não colocar aqui fotos dele! Por isso não se acanhem, que aqui a menina está precisadinha de um miminho!!


Sofrer

Há uns dias dei aqui a entender que queria mal a alguém que me fez mal. Possivelmente na hora queria dizer isso mesmo e senti exactamente isso. Isso e mais um cento de outras coisas (boas e más) que hoje já tenho distância suficiente para ver melhor. Os sentimentos já estão controlados, já estou em mim, não tenho o sofrimento à flor da pele.

Este fim de semana dizia eu a alguém que queria que a pessoa que me magoou fosse feliz. Que certas atitudes que tomei com ele poderiam, de uma maneira estranha, ter contribuído para que ele tivesse a oportunidade de ser feliz precisamente por serem de rotura e confrontação. A pessoa com quem eu estava a falar perguntou-me: mas a felicidade dele é mesmo importante ou estás só a dizer isso por dizer? A pergunta foi desconcertante porque para mim a resposta era óbvia e única: sim! Quero vê-lo feliz! Quero vê-lo a ter amor próprio suficiente para tomar decisões que o tornem feliz e às pessoas que o rodeiam.

Nada disso invalida o mal que ele me fez e mantenho que não o perdoo pelos mesmíssimos motivos. Por esse me afasto: por amor a mim... que mereço! Paradoxalmente quero que ele sofra as consequências do que fez. É estranhamente um acto de amor: ele tem que compreender a gravidade do que fez para que o assunto fique resolvido e possa seguir em frente. Claro que com a liberdade de resolver as coisas bem... vem a liberdade de as resolver mal. Mas a escolha não é minha. A responsabilidade não é minha. Só posso ficar a torcer pela felicidade dele à distância.

Quero-lhe bem, mas afasto-me. Até um dia ou até nunca mais. Eu fiz parte do caminho dele e ele do meu. Saí mais rica de ter partilhado uma parte da minha vida com ele e espero ter contribuído nem que um pouquinho para lhe colocar um sorriso no rosto. Ele que fica tão bonito a sorrir!

Não fico bem com os outros a sofrer, mas tenho também que me preservar. Fica bem, que eu também fico...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Credo!

Hoje sentia-me estranha. Diferente. Havia qualquer coisa que não jogava certo, que estava fora da normalidade. Não me sentia eu mesma. Até que olhei por mim abaixo e vi o que era: como é que diabo é que eu hoje me vesti toda de preto??? Pareço uma viúva negra!

Acho que vou ter que esfregar os olhos com mais força de manhã. Ou arranjar um par de tomates para coçar (ver aqui, questão 5). A ver se acordo!

domingo, 9 de novembro de 2008

Momentos em que eu desejava ter alma de artista

Gosto do Outono. Gosto da Primavera. Gosto das estações de transição: há mais diversidade de cor, as coisas estão a acontecer. Nada é definitivo ainda.

Tenho um gosto especial pelo Outono pelas cores vivas. Um dia destes no trabalho tive um pequeno estremecimento a olhar para a janela e ver as árvores de cores de fogo embaladas numa luz laranja mágica vinda do sol. Tive pena de não ter a máquina fotográfica comigo, mas era inútil porque não captaria o momento como merecia. Era um momento para viver e deixar passar, não para capturar.

Hoje fui a Serralves. Estivesse eu sozinha e tiraria fotografias como se não houvesse amanhã, na esperança de conseguir captar um pouco da beleza daquelas árvores a vestir-se de fogo e despir-se. Mas estava com uma amiga que precisava da minha atenção. E precisará mais nestes próximos dias. E ouvi-a e passeamos. E ouvi-la-ei e apoiá-la-ei nos tempos próximo.

Tirei umas fotos que partilho com vocês. Espero que gostem. Mas gostava de nestes momentos ser artista para poder... para poder fazer parte do processo de criar beleza em vez de ser só espectadora!

O momento alto do meu fim de semana

Há momentos mágicos. Momentos que nos fazem pensar na vida, no mundo, no ambiente, no passar irreversível do tempo. Momentos marcantes que gostamos de eternizar numa fotografia e depois partilhar com amigos e desconhecidos nesta bela invenção que é a blogosfera!

Momentos de transição brusca, saltos quânticos, em que é claro que o tempo não anda para trás! Nem o conta-quilómetros! Momentos em que pensamos: tenho que ir à revisão, carago!


Isto porque o momento alto do meu fim semana foi ver e registar o conta-quilómetros da minha viatura a marcar 79 999 km... e depois mudar para 80 000!!! Mágico! Será hora de o trocar por dois de 40 000? Não creio! Mesmo porque não tenho (ahem) tempo de momento!



E isto é para quem ainda duvidasse que eu sou uma alma simples... e um bocado triste!

Não haja dúvida que os acontecimentos recentes aqui descritos pela rama no blogue têm contribuído para que eu tenha feitos quilómetros e quilómetros. Aliás, devia mandar a conta de gasóleo a uma pessoa, mas pronto. Os momentos difíceis, está bom de ver, não são grande coisa para o ambiente! Mas aqui o "je" não tem acesso fácil a transportes públicos, por isso cada qual faz o melhor que pode com o que tem! E eu tenho gasóleo e não tenho medo de o usar!

Do meu passado

Hoje olhei nos olhos uma pessoa que já não via há anos (não sei porquê, ultimamente tem-me acontecido com frequência) e fiz conversa fiada com ele. Foi por ele que aferi o que é um mau rapaz, porque ele é dos piores que conheci, senão o pior deles todos mesmo.

Concluí que, contrariamente à lógica normal de homens e mulheres, ele envelheceu e eu amadureci e fiquei melhor. É que, tanto quanto me apercebi, ele está exactamente igual ao que era há uns 15 anos mas mais velho, gordo, com menos cabelo e sem a beleza que o caracterizava e o safava de uma série de embrulhadas. Eu, em contrapartida, estou com excelente aspecto (gaba-te cesto...) mas não vou na canção do bandido e aprendi mais que umas coisas nestes anos! E os cabelos brancos cobrem-se com tinta, ao passo que a cara sem vergonha não.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Eu sou racista!!!

Quem me acompanha há um tempo sabe duas coisas: 1. Quase nada do que eu escrevo é o que parece à primeira vista; e 2. Eu já exclamei num título "Eu sou lésbica!" (curiosamente por causa de uma gaja).

Desta vez a coisa é semi-séria, porque eu... sou de facto racista! Eu explico: toda a gente é racista (pretos, brancos, mulatos, amarelos, ...) e eu também. É nesse sentido o meu desabafo. Não sou menos racista que os outros, mas sou menos que muitos.

Sou racista porque sou capaz de escrever neste blogue ou dizer em frente a brancos que o Obama é preto... mas se tenho um preto/negro/africano à frente não consigo. E sou racista porque de facto não consigo encarar com naturalidade o facto de o Obama ter ganho as eleições: acho, de facto, extraordinário e sinto-me contente por essa conquista dos direitos cívicos. E não devia! Compenso com a consciência de saber que não gosto muito dele como pessoa, e não como símbolo de uma raça. O que... é fraco consolo! Porque me sinto racista na mesma!

Nestas coisas há que ser politicamente correcto. Uns chamam ao Obama negro. Outros afro-americano, um termo que me aborrece estupidamente, mas estranhamente se aplica bem ao Obama porque de facto ele é meio africano (pai queniano) e meio americano. O mesmo não é válido para mais preto nenhum americano tão americano como um branco porque... porque então é que é um branco americano? Eu digo que o Obama não é preto, mas meio branco, mas é mesmo só para disfarçar: porque quem olha para ele sabe que ele é... preto!!

Mas como sempre, a verdade vem da boca dos inocentes (ou desbocados?). E o Sílvio Berlusconi é que acertou em cheio: ele é belo e bronzeado! Daqui:

"De visita à Rússia, onde se encontrou com o chefe de Estado Dmitri Medvedev, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, considerou que as relações entre Moscovo e o Presidente eleito norte-americano têm tudo para dar certo, já que Barack Obama «é jovem, belo e também é bronzeado»."

E com esta calou-me!

A lógica é um lugar estranho - I

Hoje inaugura-se a nova rubrica no Abobrinha. Sem carácter regular, mas a que voltarei sempre que se justifique. Por acaso era para retomar o consultório sexual, mas estou com falta de vontade (mas se pedirem com jeitinho...).

E inauguro o espaço "a lógica é um lugar estranho" com uma senhora de Fátima... Felgueiras!

No Expresso:

"O Tribunal de Felgueiras condenou hoje a presidente da Câmara local, Fátima Felgueiras, a três anos e três meses de prisão com pena suspensa por igual período, decretando ainda a perda de mandato da autarca. "

Alguém me explica a lógica de uma pena suspensa? O que é isso? É crime, mas só um bocadinho? Ou é crime só a fingir?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Reformulando...

... galo mesmo é uma gaja estar cheia de pica para sair no fim de semana e se estragar toda... e sentir a garganta a arranhar! Ora porra! Não sei se é velhice se ruindade, se as duas!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Grande gala... grande galo!

Diz que morreu hoje uma actriz portuguesa: a Milu. Parece que fez de Luisinha no Costa do Castelo... uaaaaaaaaaaaaaaaaau... e eu com isso?

Eu não sou de ignorar as pessoas, mas quando há pouco saí de uma casa que tem televisão (porque eu não tenho) estava a dar uma gala de homenagem à Milu? Digo eu: não é falta de gosto organizar uma rapidinha para homenagear a moça? Ou estavam com isto tudo preparado (cantos e danças incluídos), mesmo à espera de a moça morrer? Não me parece bem!

De qualquer modo, era toura... o que só pode querer dizer que era boa pessoa!

Fazer sentido

Não faço ideia porquê, mas lembrei-me de uma conversa que tive ainda na Faculdade, no Piolho (onde fiz algumas cadeiras, por assim dizer) com um pessoal. Cheguei a meio da conversa, estavam eles a rir à gargalhada.

Quando perguntei porquê disseram-me que tinham chegado à conclusão que a maioria dos ditados populares faziam mais sentido se partidos a meio, começados normalmente, emendados com "debaixo dos lençóis" e terminados com "no meio das pernas". Fiz uma cara feia... mas eles tinham razão! Ora vejam:

- Grão a grão enche a galinha o papo.
- Grão a grão debaixo dos lençóis, enche a galinha o papo no meio das pernas!

Então não?

- Que a tua alimentação seja o teu melhor remédio.
- Que a tua alimentação debaixo dos lençóis, seja o teu melhor remédio no meio das pernas.

Pois...

- Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.
- Zangam-se as comadres debaixo dos lençóis, descobrem-se as verdades no meio das pernas.

Sem comentários!

- Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
- Água mole em pedra dura no meio dos lençóis, tanto bate até que fura no meio das pernas.

Uuuuuuuuuuuuuuuui!

- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
- Mais vale um pássaro na mão debaixo dos lençóis, do que dois a voar no meio das pernas.

Grande verdade!

Faz TUDO sentido! Alguns ainda mais que os originais!

Ora experimentem! Como auxílio, recorri a este site.

O post mais delicioso sobre as eleições americanas

Toda a gente (menos eu, só para contrariar) tem enfatizado as eleições norte-americanas. Eu tenho-me focado em temas muuuuuuuuuuuuuito mais interessantes como os números primos (mormente o 8, esse desconhecido) e mentiras... mas este post com o delicioso título "A Vitória das moscas da fruta" fez-me rir! O post resume-se ao que disse Ricardo Araújo Pereira na TSF: "Hoje é um grande dia para as moscas da fruta, que agora poderão ser estudadas como merecem". A Abobrinha defende a dignidade para todos os seres vivos e não podia deixar de concordar!

Refere-se a este outro post em que chama a atenção para a ingnorância da Sarah Palin no que diz respeito a Ciência (pelo menos).

Por outro lado, ver o Ricardo Araújo Pereira a dizer uma piada com piada é só por si motivo de celebração! Mas isto sou eu a ser má língua!

Decisions, decisions, decisions...

Estava a tentar decidir-me entre escrever um post com as mentiras mais frequentes dos homens e um com as lições de fufas para mulheres homem-sexuais que vi numa revista há um tempo.

Depois de ter chorado com o das mentiras (as mentiras fazem-me chorar) e ter concluído que não valia a pena, acabei por me decidir a escrever o das fufas... mas não sei da revista e não decorei as lições (excepto uma que por acaso...)! Ora porra! Detesto decisões!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O meu número primo é maior que o teu!

O post anterior versava a "primicidade" do 8... infelizmente sem grande sussexo. O que é uma pena, porque parece-me uma boa ideia, nem que seja um 8 pequenino!

Mas eis que o Expresso me revela que foi descoberto o maior número primo de sempre! Apresento-vos o 45º número primo de Mersenne, (2^43,112,609)-1, um número com 12,978,189 algarismos... tentem ter uma mulher sentada em cima de vocês a fazer isto! Ia ser interessante! Eu não aprecio rapidinhas, mas também tenho os meus limites!

O 45º primo de Mersenne foi descoberto nos EUA (cá por mim foi uma manobra eleitoralista do Obama), mas eis que se levanta (salvo seja) um alemão e reclama que o dele é maior. E é! O 46º número primo de Mersenne, (2^37,156,667)-1 tem 11,185,272 algarismos... é muito algarismo! Alguns desses algarismos são oitos... beeeeem...

Mas eu duvido que estes números sejam primos: é que depois de um truque deste calibre a pessoa fica a ser divisível por muita coisa, porque simplesmente se desmembra!

E isto é para quem pensa que a Matemática não é excitante!

A minha contribuição para a felicidade conjugal - ou como o 8 é um número primo

Ultimamente isto anda do pior para o meu lado. Para piorar a coisa, consegui pôr pessoas casadas (vá lá, não umas com as outras!) ou equivalente a discutir. Apesar de tudo, tenho fé nos relacionamentos e decidi fazer algo em prol da felicidade conjugal. Concretamente em dar uso novo às pilas (não é bem um uso novo, mas não interessa). Porque as pilas são divertidas e podem ser úteis para muita coisa. Mais que não seja para usar como cabide!

Ora há cerca de um ano provei que o 9 era um número primo, assim como o 18! Hoje vou provar que o 8 também é um número primo. É assim: ouvi falar num programa palerma qualquer na SIC Mulher do "figure 8". Consiste do seguinte: a mulher senta-se em cima do homem (concretamente do coiso e tal) e faz um 8 com o corpo. Logo, o 8 é de facto um número primo, porque nessa altura torna-se divisível só por 1 e por si mesmo! QED!

Ah, e tal, e é para cima, é para baixo, para a esquerda ou para a direita? Lá está: a beleza está toda no facto de que as instruções são só estas! O resto é para descobrir... e praticar! Quem disse que a Matemática não era excitante?

Vá lá! Kiss and make up! As pilas são úteis de vez em quando e até são divertidas! E eu sou boa pessoa e quero a felicidade dos outros...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sem perdão...

Não sei se sou ou não uma pessoa exigente. Há as duas opiniões entre quem me conhece, por vezes conforme as conveniências.

Ser exigente é querer mais do que o que se merece? Então eu não sou exigente: eu recebo o que mereço, e se é um erro isso é doloroso. Mas aceito, assumo e tento corrigir. Tento fazer um esforço para compreender onde errei e não voltar a errar. Pelo menos não ali.

Ser exigente é aceitar tudo? Não creio! Há coisas que eu não mereço e situações com as quais não pactuo seja de que modo for. É ser exigente aceitar algo que não mereço? Não creio! Sou exigente no sentido de tentar resolver as coisas, mas há coisas e pessoas que não querem ser resolvidas. E aí eu desisto. Toda a gente erra (eu incluída) porque faz parte da nossa natureza, mas chutar para canto não resolve: uma pessoa adulta assume os erros e continua em frente.

Odeio desistir das pessoas. Odeio desistir de situações, mas às vezes é a maior prova de coragem: largar algo que nos provoca dor. Já o fiz antes e sei o que dói. E dói muito. Hoje desisti de uma pessoa que me trouxe imensa felicidade a dada altura. Descobri que toda essa felicidade assentava num rol de mentiras que eu mesma desmascarei com grande estardalhaço quando se tornou impossível que essa pessoa assumisse o erro naturalmente. Fiz um esforço, vários esforços até para obter um pedido de desculpas dessa pessoa. Em vão... e se não há nada a perdoar, então eu não perdoo. E não sou eu que pressiono: eu não deixo é as coisas passarem em branco só para ter um conforto falso.

Hoje bloqueei uma pessoa dos meus contactos. Porque não o quero mais ver à minha frente. Porque eu não merecia o que ele me fez. Porque eu merecia mais e não me contento com menos que isso.

Eu não exijo menos do que o que mereço. Ele errou, mas o que fez tinha perdão, como tem quase tudo na vida. Eu perdoaria, mas ele não quer pelo que, por definição, não tem perdão.

Perdoem-me se o texto não faz grande sentido, mas neste momento não estou grandemente em condições de fazer sentido. Só de sentir. E sinto a dor de ter que desistir de alguém definitivamente. Porque definitivamente é muito tempo...

domingo, 2 de novembro de 2008

Como satisfazer sempre uma mulher - parte 1

No post anterior a Annita e o Pensador, duas pessoas casadas, mas não um com o outro (entre outras coisas porque não se conhecem sequer!) picaram-se com a eterna questão de manter uma mulher satisfeita e como alegadamente não é possível.

Em jeito de piada, recebi uma vez um e-mail com duas partes. Uma dizia "como deixar uma mulher sempre satisfeita" e a seguir aos dois pontos tinha um desfiar de mimos: tocar, acariciar, dar flores, beijar, elogiar, (era quase uma página inteira de coisas para fazer)... ... ... . Na segunda parte dizia "como deixar um homem sempre satisfeito" e dizia simplesmente "just turn up naked" (não resisto a deixar o original em inglês). Podia acrescentar-se para uma série de homens "ver o Benfica/Porto/Sporting/(outro) campeão", mas não vamos entrar em coisa que não interessam.

Ora deixar uma mulher satisfeita é de por um lado missão impossível e por outro a coisa mais fácil do mundo. Porque uma mulher só quer uma coisa: tudo! É assim tão fácil! Sendo assim tão fácil e tão óbvio, é assim tão difícil, porque um homem não se quer dar (por muito que muitos insistam que querem). Ou porque realmente não quer, ou por querer fazer o jogo de se queixar que a mulher nunca está satisfeita, passando assim a ser defeito dela. Pensa o homem que assim fica por cima, que ganha algum tipo de poder, quando é um erro muito grande.

Mas vamos às badalhoquices, que é o que interessa a quem lê este tasco (a parte dos relacionamentos neste momento transforma-me em cebola e eu sou a Abobrinha, não a Cebolinha): satisfazer uma mulher é impossível! E sabem que mais? Ainda bem! E é um elogio a um homem competente!

Atentemos nesta publicidade: a pior publicidade do mundo, na minha opinião.



Quem fez esta publicidade não recebeu o e-mail que falei acima e pensa que uma mulher só quer o truca-truca. Mais grave: nem sequer sabe o que é truca-truca em condições, porque pensa honestamente que é só usar uma cabeça (concretamente, a de baixo). Ora além de os homens terem sido equipados com duas cabeças, há que saber usar ambas. E às vezes as duas simultaneamente, o que é complicado e exige muita prática.

O motivo de insatisfação desta mulher antes do rewind não foi a falta de penetração: foi a falta de atenção! Não houve um beijinho, uma carícia, um mimo, um abraço: simplesmente virou-se para o lado porque não teve o que ELE queria. Este homem não sabe satisfazer uma mulher, mas só a si mesmo. E tecnicamente é incompetente, porque enquanto há língua e dedo há mulheres muito felizes: felizes pela atenção física aos seus centros de prazer e com o tempo e esforço que um homem dispendeu na sua pessoa, na sua feminilidade, no seu prazer. O que é que um homem tem a ganhar com isso? Tudo! Porque se uma mulher quer tudo, dá o mesmo ou mais. Lamento pela disfunção eréctil, mas este homem não merece uma pila funcional porque não sabe tirar o máximo proveito dela. Um homem em condições excita-se com o prazer que proporciona a uma mulher. Porque ela faz o mesmo.

Há mulheres insatisfeitas por não terem o que querem e há mulheres insatisfeitas por não saberem o que querem. O melhor elogio para um homem não é ouvir "estou satisfeita", mas "quero mais, muito mais". Porque isto significa que deram prazer e ainda activaram o centro erógeno mais complicado de todos: a imaginação de uma mulher. O que é que um homem tem a ganhar com isto? Há quem pense logo: um par de cornos, porque a mulher vai procurar mais noutro lado. Ora para uma criatura tão insatisfeita por natureza, estranhamente é falso: porque neste aspecto a mulher é curiosamente muito comodista e vai procurar mais do mesmo.

Este assunto não acabou e vai haver badalhoquice pura e dura para a frente. Quando me apetecer!